O sentido que damos a nossa vida

Ainda mantenho um pouco de você aqui, sabe como é a vida tem dessas coisas, as lembranças tende a ficar, a pessoa tende a ir...

“E, eu confesso, ainda estou me adaptando a essa “nova vida”. Onde as pessoas dizem menos e fazem menos ainda.  A esse tempo de exílio de você.

O meu coração ainda permanece ligado a você, mas  inverti algumas prioridades da minha vida. Agora eu sei, nem todos permanecerão comigo quando eu mais precisar deles.

Olha, ainda estou aprendendo tantas coisas, mas a parte de sentir falta, é o que mais me machuca.

A borracha apaga as palavras, mas a dor de um coração, não se apaga.

Suporto lentamente, até que eu  não a sinta mais, mas a cicatriza fica e, com o tempo esquecemos-nos também de dar mais atenção àquela marca. Mas sabe-se que ela existe, está bem ali. Continuamos porque para viver nos tempos de hoje é quase impossível pausar certos momentos, de um jeito o de outro a vida te faz continuar em um ritmo quase incontrolável.  Talvez você já esteja tão ocupado, que nem se lembre daquela  dor que virou uma cicatriz e agora é uma mancha, uma mancha quase imperceptível.

Com o tempo superamos nossas próprias limitações e, então percebemos que a vida consiste ao modo que a olhamos. Da forma que a encaramos e com todos os sentidos que damos a ela. Se a atenção for mais para a cicatriz (passado) maior vão ser as decepções. Mas se ao invés disso, observarmos mais a vida que de fato levamos como: as coisas boas, as pessoas novas que chegam todos os dias, aos amigos e a tudo que realmente nos completa nossos dias. A vida tende a ficar mais leve e o que parecia uma dor interminável, agora, nada mais é que um curativo bem feito.